Um passo atrás

inna & co
3 min readAug 15, 2020

Eu comecei a inna & co em 27 de Fevereiro de 2020, com muitas ideias, muita vontade e muito perfeccionismo. Eu queria falar sobre tantas coisas, produzir tanto conteúdo… e não conseguia! Minhas expectativas eram altas demais e eu não ia aceitar menos do que o que eu tinha determinado como perfeito.

Tinha que ser um tema bom. Eu também tinha que pensar qual seria o próximo tema, porque tinha que ter conexão, né? Tinha que contar uma história lógica. Contar uma história… em qual formato? Texto ou vídeo? Quais palavras usar? Qual tom? Qual imagem usar?

Queria produzir algo tão perfeito que fui lá e nada fiz.

Photo by Kelly Sikkema on Unsplash

Nesse 8 ou 80 – ou faço perfeito ou não faço –, me cobrei tanto, me pressionei tanto, que espanei. A frustração de não estar gostando do que a página da inna estava virando, a ansiedade de não saber o que postar, a culpa pelos dias que se somavam sem postagem e todo o caos da pandemia se juntaram. A panela de pressão estava prestes a explodir.

Acendeu a já familiar luz de alerta: ei, você está chegando no seu limite! Parei. Detox digital total: 2 dias sem celular e 3 meses sem redes sociais. Nesse período olhei pra dentro, pros meus pensamentos, sentimentos e sintomas físicos. Comecei a entender o que estava acontecendo e ser mais amorosa comigo, respeitando muito mais as minhas vontades e as necessidades do meu corpo. Me tornei a minha prioridade.

Aprendi que eu não tenho que nada!

Photo by Matteo Di Iorio on Unsplash

Ouvir a alma é muito melhor do que ouvir o ego – principalmente na hora de determinar e cumprir metas. Aceitei que não vou dar conta de tudo que tenho vontade de fazer, que nem sempre vou acertar (principalmente de primeira) e que em alguns momentos eu vou deixar a desejar, e tá tudo bem.

Depois de me colocar de volta no eixo, foi a vez de olhar pra inna. Minha conclusão foi que ela precisava amadurecer, que eu precisava de mais tempo pra planejar, que na hora certa ela ia fluir: “depois que a quarentena acabar eu volto a me dedicar a ela”, “depois que eu juntar uma grana pra investir nela, eu volto a me dedicar”. Depois que isso… depois que aquilo… depois que eu parasse de dar desculpas talvez eu conseguisse me dedicar a ela.

Todas essas desculpas não passavam de medo. Fazer algo novo dá medo. Se expor dá medo. E, por mais que eu não goste da frase “se estiver com medo, vai com medo mesmo” eu percebi que eu precisava lidar de alguma forma com o medo ou eu ia procrastinar pra sempre.

Photo by José Martín Ramírez Carrasco on Unsplash

Comecei a olhar “de fora” toda a situação da inna. O que eu queria com ela quando a coloquei no mundo? Pra onde ela está indo? Onde foi que ela se perdeu? Esse olhar de fora ajuda a entender melhor. É como olhar um mapa no gps: enquanto você está usando você só vê a próxima rua que precisa virar, mas quando dá o zoom out, você vê todas as rotas possíveis e o destino final.

Eu dei um passo pra trás sim, e esse passo serviu pra pegar impulso e voltar com a inna mais potente, capaz de ir mais longe!

--

--

inna & co

Busca constante em tirar as pessoas do piloto automático e colocá-las como protagonistas de suas próprias vidas. Conheça mais em www.inna.com.br